31/03/18 - Cruzeiro do Sul
Larissa Pessoa - larissa.pessoa@jcruzeiro.com.br

O viaduto já foi anunciado em 2014 e fazia parte do programa Mobilidade Total - ADIVAL B. PINTO / ARQUIVO JCS (1/4/2014)
As obras para que o Bus Rapid Transit (BRT) comece a operar em Sorocaba devem ter início em agosto e segundo o secretário municipal de Planejamento e Gestão, Luiz Alberto Fioravante, um viaduto ligando a avenida Ipanema a rua José Joaquim Lacerda é essencial para a implantação do sistema. A construção terá o financiamento do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), a antiga Corporação Andina de Fomento. Segundo o secretário a licitação será aberta nas próximas semanas. Todo o sistema de transporte deve ser concluído em 18 meses após o início das obras, ou seja, fevereiro de 2020.
O viaduto já foi anunciado em 2014 e fazia parte do programa Mobilidade Total. No ano seguinte a licitação foi suspensa visando reduzir os valores dos contratos. Na época a estimativa é que a obra no bairro Sônia Maria custaria R$ 13,2 milhões. Questionado sobre o custo atualizado, Fioravante disse que ainda não foi calculado. O secretário, porém, afirmou que o viaduto é de extrema importância para o corredor norte-sul do BRT, pois, segundo ele, atualmente ocorre uma lentidão no tráfego nesta área, que precisa estar livre para a circulação dos ônibus.
Saiba mais:
Sobre o financiamento para a implantação do BRT, o secretário disse que o Ministério das Cidades liberou R$ 134 milhões para infraestrutura, desses, R$ 6 milhões serão de contrapartida da Prefeitura de Sorocaba. "Esse valor que é da nossa responsabilidade fica reservado para mudanças em redes de água, esgoto e outras interferências necessárias." De acordo com Fioravante, desde a assinatura do contrato com o Consórcio BRT, a elaboração do projeto executivo caminhou, principalmente no que diz respeito aos estudos de impacto no trânsito e ciclovias. "Estamos analisando como serão feitos desvios enquanto as obras acontecem, e em contato com as autarquias e a concessionária de energia."
O corredor que ligará as regiões norte e sul será o primeiro a entrar em funcionamento e, segundo Fioravante, para isso as ciclovias ao longo da avenida Itavuvu passarão por modificações, todas de responsabilidade do Consórcio BRT. De acordo com o secretário, o traçado exclusivo para bicicletas será mantido no canteiro central e dividirá espaço com as estações de ônibus. Todas as mudanças serão de responsabilidade da empresa que operará o sistema, assim como os valores referentes às desapropriações. O Consórcio BRT fará um investimento de R$ 65 milhões.
Sistema
Após finalizado, o BRT operará em três corredores: avenidas Itavuvu, Ipanema e Armando Pannunzio. Serão ao todo 19 linhas. Nos corredores principais serão as seguintes: 401 - Itavuvu/Terminal Santo Antonio (TSA); 402 - Itavuvu/Campolim; 403 - Ipanema/TSA; Ipanema/Campolim; Armando Pannunzio/TSA e Armando Pannunzio/avenida São Paulo. As avenidas São Paulo, Barão de Tatuí e Antônio Carlos Comitre não terão estações de BRT e terminais exclusivos, mas receberão faixas exclusivas, que permitirão que o sistema funcione em toda a cidade.
Em paralelo ao BRT, as linhas de ônibus que já operam na cidade serão reestruturadas para que se alinhem ao novo sistema. A Consor e a STU serão responsáveis por 13 linhas que se integrarão ao BRT e utilizarão as faixas exclusivas. Segundo Luiz Carlos Franchin, presidente da Urbes, a Consor, que opera 49 linhas na cidade, terá 6 linhas BRT, que serão: 58 - Vitória Régia; 45 - Paineiras; 42 - Laranjeiras; 62 - São Bento; 62/1 - São Bento 2; 70 - Novo Horizonte. Já a STU, responsável por 58 linhas já existentes, fará 7 linhas do BRT, que serão: 11- Manchester; 15 - Jardim São Paulo; 17 - Central Parque; 60 - Ouro Fino; 63 - Esmeralda; 73 - Júlio de Mesquita; 77 Santa Bárbara.
Ao todo serão 16,7 km de faixas bidirecionais exclusivas para o BRT, com 28 estações e 4 para integração do BRT. Os três terminais serão instalados nas avenidas Antonio Silva Saladino, Ipanema e Armando Pannunzio.
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